Clipping
06.04.22

Aplicativo ajuda pecuaristas a garantir rastreabilidade do rebanho

A indústria e os frigoríficos já vêm sendo cobrados há algum tempo quanto a rastreabilidade, a origem dos animais abatidos em suas dependências. E essa exigência está chegando também às fazendas, que cada vez mais precisam estar atentas aos seus fornecedores de gado.

Na hora de comprar animais, os pecuaristas agora precisam ir além dos critérios de preço e qualidade para avaliar também se os bovinos foram produzidos em locais livres de desmatamento e com boas práticas. Isso é o que Jordan Carvalho, diretor da Niceplant, explicou em participação no quadro Pecuária Sustentável na Prática, realizado pelo Planeta Campo em parceria com o Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS).

A boa notícia é que a tecnologia pode ajudar os pecuaristas na missão de garantir a rastreabilidade dos rebanhos. O aplicativo SMGeo Indireto, que tem versões gratuitas pra sistemas iOS e Android, permite aos produtores consultar a situação socioambiental das fazendas com as quais realizam negócios.

“O ideal é que cada um faça a análise do animal que entra na sua propriedade. Então a ideia é trazer cadeias de legalidade para dentro de todos que participam do processo produtivo até chegar na carne para cumprir exigências comerciais, exigências de outros países, de mercados mais que têm maior compromisso socioambiental e também que pagam o melhor preço para o produto brasileiro. (…) A ideia é criar uma teia de legalidade, onde cada pecuarista possa consultar os principais critérios de legalidade do seu fornecedor de animais ”, afirmou Jordan.

Na plataforma digital, o produtor terá acesso a diversas informações. “O aplicativo faz uma análise automatizada e traz ali na palma da mão e quase em tempo real as informações com relação a desmatamento ilegal, sobreposição daquela propriedade a embargos de órgãos ambientais, como o Ibama e órgãos ambientais estaduais, traz as listas de trabalho escravo, traz sobreposição com unidades de conservação, terras indígenas, territórios quilombolas. Então ele traz toda a análise baseada nesses principais critérios que a indústria já utiliza para que o pecuarista possa acrescentar esse critério de legalidade a escolha de seus animais”, detalha carvalho.

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