Grupo de Trabalho de Terra realiza a primeira reunião de 2023
O Grupo de Trabalho de Terra (GT) do GTPS iniciou um novo ciclo de debates no dia 16 de fevereiro, quando as empresas associadas e convidados especiais compareceram à primeira reunião do ano.
O grupo, que está em sua 7ª reunião, foi criado com o objetivo de trazer novos direcionamentos para o uso mais eficiente da terra na cadeia da pecuária bovina brasileira, contribuindo para a redução do desmatamento, das emissões de gases de efeito estufa, remoção de CO2 em escala e outras questões ambientais relacionadas ao uso da terra.
Neste novo ciclo, o GT aprofunda a discussão sobre o monitoramento da mudança de uso da terra na pecuária. O objetivo é investigar as mudanças que tem acontecido em relação ao uso da terra, buscando um entendimento sobre a mudança do uso da terra na pecuária, incluindo a situação das pastagens degradadas que estão em recuperação no Brasil e o que tem conduzido a conversão do uso da terra atualmente.
Para aprofundar o conhecimento sobre esses assuntos já na primeira reunião, a Mesa Brasileira convidou o professor titular da Universidade Federal de Goiás, Laerte Ferreira, para falar sobre o mapeamento das pastagens no Brasil, realizado pelo LAPIG.
O LAPIG/UFG é um laboratório de processamento de imagens e geoprocessamento e disponibiliza o Atlas das Pastagens, um espaço virtual, público e gratuito produzido pela UFG que apresenta o mapeamento anual das pastagens desde 1985. A ferramenta disponibiliza dados inéditos sobre o uso do território brasileiro, em especial as áreas de pastagem no Brasil ao longo do tempo. Os dados são gerados no âmbito da iniciativa do Mapbiomas, –
Na ocasião, Laerte trouxe alguns dados importantes sobre as pastagens brasileiras, como o fato de que cerca de 35% do território nacional é composto de áreas antropizadas e, dentro disso, 90% é ou já foi pastagem. A pastagem é a principal forma de uso da terra no Brasil com cerca de 160 milhões de hectares, representando 19% da área total. Com uma média de 165 milhões de UA (IBGE, 2021), o Brasil ainda apresenta um potencial produtivo abaixo da área, com um enorme potencial para intensificação e aumento da produção.
“Ao mesmo tempo que temos toda essa área convertida na forma de pastagem, que é a principal forma de uso de terra no Brasil, também temos um potencial gigantesco de aumentar a produtividade e otimizar o uso dessas pastagens, mitigar gases de efeito estufa e implementar todos os serviços ambientais para as áreas de pastagens”, diz Laerte.
A próxima reunião do GT de Terra está prevista para acontecer no dia 8 de março, com participação especial do coordenador de programas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Dr. Claudio Almeida.
O próximo grupo a iniciar o ciclo de estudos será o GT de Rastreabilidade, com início previsto para 13 de abril. Neste novo ciclo, Aécio Flores, vice-presidente da ABCAR – organização associada ao GTPS – coordenará o grupo na apresentação das propostas prioritárias definidas durante o último ano sobre a melhoria do sistema de rastreabilidade individual de bovinos no Brasil.
Em 2023, o GT de Rastreabilidade deve criar um embasamento técnico para um posicionamento, baseado nas entregas realizadas nos ciclos anteriores, além de produzir termos de compromisso do setor de rastreabilidade para o setor produtivo e indústrias.
Para participar dos debates dos Grupos de Trabalho do GTPS é preciso se associar ao Grupo ou estar entre os especialistas convidados.
Comunicação
[email protected]+55 (11) 98945-5217